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Renata Lima Lobo

Renata Lima Lobo

Jornalista

Ingressou na Escola Superior de Jornalismo do Porto em 1998 e numa pós-graduação no IADE, focada em Comunicação e Imagem, em 2003. Com experiência em meios como o Jornal Universitário do Porto, o extinto Gondomar Actual, o histórico O Primeiro de Janeiro ou a revista FORUM Estudante, encontrou seu lugar na Time Out Lisboa em 2010, especializando-se na capital portuguesa, apesar de ser tripeira de gema. Desde tenra idade, a sua relação com a cultura audiovisual foi intensa, muito por culpa da mega colecção de VHS do pai e das idas semanais ao videoclube Laser, mais emocionantes do que as idas de Lady Mary a Londres, em Downton Abbey. Actualmente, dedica-se a escrever sobre séries, porque parece que a vida só faz sentido quando se discute se os Crawleys têm um chá das cinco decente.

Articles (231)

O melhor do cinema alternativo em Lisboa

O melhor do cinema alternativo em Lisboa

Se é daqueles que não deixa passar uma estreia, pode espreitar os filmes em cartaz esta semana. Mas, se é um verdadeiro cinéfilo (ou aspirante), deve ter em mente que algumas pérolas do cinema escapam às grandes salas. São clássicos para ver e rever – ou apenas filmes fora da rota comercial e por isso fora dos grandes centros comerciais (e em salas sem pipocas, diga-se). Para não perder nada, todos os meses lhe damos as melhores sugestões de cinema alternativo em Lisboa e em salas muito especiais. Há propostas para todos os gostos. Recomendado: Os melhores filmes de sempre

As estrelas do cinema e da televisão que morreram até agora em 2024

As estrelas do cinema e da televisão que morreram até agora em 2024

É costume dizer que nada dura para sempre. A não ser que estejamos a falar de uma das grandes máquinas de entretenimento do mundo, a do audiovisual, que tem o dom de imortalizar muitas das pessoas que se dedicam a este ramo. Do cinema às séries, todos os anos os prémios do sector se desdobram em homenagens a profissionais que morreram no ano anterior, em famosas sequências de vídeo "in memoriam", habitualmente acompanhadas por uma triste canção. Não temos música, mas aqui fica a nossa homenagem a algumas das figuras, nacionais e internacionais, que morreram este ano, numa lista que, infelizmente, estará sempre em actualização. Recomendado: Os filmes em cartaz esta semana

Páscoa, ou a paixão de Cristo em 11 filmes

Páscoa, ou a paixão de Cristo em 11 filmes

Há muitas maneiras de filmar a Páscoa. A principal, a praticada pela maioria dos cineastas, é seguir o roteiro imposto pelo Novo Testamento e filmar o caminho de Jesus até à cruz – o que muda, aqui, é apenas quando começa a história, se quando o menino nasce, se na sua vida adulta, ou mesmo antes de Cristo. E se a maioria é basicamente conservadora e respeitadora do cânone, também há excepções entre estes onze filmes, que vão de O Rei dos Reis (1927) de Cecil B. DeMille ao mais recente Maria Madalena, realizado por Garth Davis em 2018. Recomendado: Restaurantes em Lisboa para o domingo de Páscoa

Dez séries novas a não perder nos próximos meses

Dez séries novas a não perder nos próximos meses

O pequeno ecrã não pára. A cada semana, há mais uma mão-cheia de séries para ver. As grandes plataformas de streaming como a Netflix, a Disney+, a Prime Video, a HBO Max ou a Apple TV+ batalham tanto pela nossa atenção que não nos dão descanso. E ainda há tudo o resto, das mais pequenas e direccionadas (olá, Filmin) à boa e velha televisão. Só há uma solução: escolher. Mas escolher em cima da hora dá mau resultado e provoca demasiadas frustrações. O melhor é saber antecipadamente o que queremos ver. Recomendado: As estreias de cinema a não perder nos próximos meses

‘A Gentleman in Moscow’, ‘Fallout’ e mais séries para ver em Abril

‘A Gentleman in Moscow’, ‘Fallout’ e mais séries para ver em Abril

Como é que diz o provérbio? Em Abril, séries mil. Ou algo parecido. Este mês o pequeno ecrã vai fazer desabar sobre nós uma torrente de produções que, além de muitas novidades, inclui duas adaptações vindas da literatura (Ripley e A Gentleman in Moscow) e outra de um popular videojogo (Fallout). Há ainda espaço para recordar vidas passadas, nas séries Franklin, sobre a missão secreta de Benjamin Franklin a França, por alturas da guerra da independência norte-americana; e Nolly, que recorda a actriz britânica Noele Gordon, um ícone da televisão em terras de Sua Majestade. Estas são as 10 séries que queremos ver em Abril. Relacionado: As melhores séries do momento

Acha que sabe tudo sobre a cerimónia dos Óscares?

Acha que sabe tudo sobre a cerimónia dos Óscares?

Humor, drama, romance, aventura ou acção. Ao longo dos anos os Óscares têm sempre um bocadinho de tudo durante a cerimónia que é exibida à escala planetária desde 1969. Há quem faça directas para ver tudo até ao fim, vencendo a diferença horária que separa Portugal da Califórnia. Muitos juntam-se para fazer apostas, comer pipocas, reclamar com a atribuição de galardões, ver as suas estrelas favoritas fora do grande ecrã (e agora do pequeno, não é Netflix?) e torcer para que alguém tropece na passadeira vermelha ou escadas de acesso ao palco. Pode ser que tudo tenha valido a pena e agora consiga responder a este quiz de olhos fechados. Será que vai conseguir levar para casa este o galardão? Não temos estátua, mas terá todo o reconhecimento que merece.

As melhores canções sobre amizade

As melhores canções sobre amizade

É muito, mas mesmo muito fácil escorregar nas armadilhas lamechas que uma conversa sobre a amizade acarreta. Mas é uma das melhores coisas que faz o mundo girar (pronto, já escorregámos). Também podemos falar sobre como é preciso regar uma amizade para que não murche, ou frases tão discutíveis quanto necessárias, por vezes, como “as crises não afastam os amigos, apenas seleccionam”, ou “todas as riquezas do mundo não valem um bom amigo”. E por aí fora. Na verdade, o que queríamos mesmo era que usasse esta lista para fazer uma homenagem ao seu melhor amigo num karaoke. Não se esqueça de mandar o vídeo. Recomendado: As melhores músicas dos anos 80

Museus grátis em Lisboa e arredores

Museus grátis em Lisboa e arredores

Não é ao domingo de manhã, sexta à tarde ou segunda de madrugada. Estes museus são de entrada gratuita sempre que a porta está aberta ao público (em alguns é preciso marcar). E a busca pela descoberta de um museu gratuito também pode significar a descoberta de um museu que nem sempre está nas bocas do mundo mas, como sabe, o conhecimento não ocupa lugar, por isso quanto mais melhor. Fomos à procura dos museus grátis em Lisboa e concelhos vizinhos e descobrimos algumas pérolas museológicas. Da sala de operações do Movimento das Forças Armadas ao museu que respira dinheiro, há muito para aprender sem gastar um tostão. Aventure-se nestes museus grátis em Lisboa e arredores. Recomendado: Guia para não pagar entrada nos museus em Lisboa

As actuações dos 12 finalistas do Festival da Canção 2024

As actuações dos 12 finalistas do Festival da Canção 2024

Nos últimos dois fins-de-semana tiveram lugar na RTP1 as duas semifinais do Festival da Canção, onde 20 artistas lutaram por um lugar na grande final, marcada para o próximo sábado. Para trás, ficaram oito temas que não reuniram votos suficientes, atribuídos por um júri e pelo público, para voltarem a defender a sua posição no festival. Destaque para Maria João, a veterana deste ano, que se aventurou nesta competição cheia de novos talentos. Apesar de ser uma bonita festa, o cantor Leo Middea, brasileiro a viver em Portugal há sete anos, tem sido vítima de discurso de ódio, denuncia o próprio numa publicação de Instagram. Middea é um dos autores convidados pelo Festival da Canção (apenas seis participações foram seleccionadas a partir de um concurso de livre submissão), cujo regulamento é claro: "Poderão concorrer a estes lugares todos os cidadãos de nacionalidade portuguesa ou residentes no nosso país". Tanto nesta, como em edições passadas, têm participado outros concorrentes nascidos além fronteiras. Ou seja, não é novidade. E ainda bem. Leo Middea é um dos finalistas e aqui estão as actuações eleitas das duas semifinais que vão lutar pela vitória (e pela presença na Eurovisão), este sábado, na RTP1, às 21.00. Recomendado: Os concertos que não pode perder esta semana

As melhores músicas de karaoke

As melhores músicas de karaoke

“Ponha o microfone à frente, muito disfarçadamente.” A letra é de “Playback”, a célebre música de Carlos Paião, que figura nesta lista de sugestões para brilhar numa sala de gente pronta a cantar, ou tentar cantar, no karaoke. Mas há muito mais por onde escolher, entre clássicos portuguesões e internacionais. Onde quer que seja a festa, não queremos que lhe faltem soluções cantantes para dar tudo de microfone em mãos. Eis as melhores músicas de karaoke que queremos que cante. Recomendado: Karaoke em Lisboa: o microfone continua de pé

Os 100 melhores filmes de sempre

Os 100 melhores filmes de sempre

Vamos ser claros: adoramos filmes. Todos adoram. O problema é que nem todos partilham o mesmo entusiasmo pelos mesmos filmes. E é isso que torna a tarefa de compilar uma lista dos melhores filmes de sempre particularmente desafiadora. Então, porquê tentar? Bem, gostamos de encarar este exercício menos como uma tentativa de definir um cânone e mais como um trampolim – talvez "mapa" seja a palavra mais adequada. Se está a preencher as lacunas do seu conhecimento cinematográfico, ou apenas a começar a construí-lo, estes 100 filmes são um excelente ponto de partida. Mesmo que já tenha visto todos, talvez isso o obrigue a reconsiderar as suas próprias noções preconcebidas sobre o que torna um filme extraordinário. Certamente, não concordará com tudo, ou com a maioria, mas fizemos questão de abranger o máximo possível, desde blockbusters a filmes independentes, comédias absurdas a terror perturbador, thrillers alucinantes a filmes de acção cheios de adrenalina. Quer se apaixone por algo novo ou fique irritado com o que não está aqui, temos a certeza de que esta lista vai mexer consigo – e é isso que todos os grandes filmes deveriam fazer. Textos de Abbey Bender, Dave Calhoun, Phil de Semlyen, Bilge Ebiri, Ian Freer, Stephen Garrett, Tomris Laffly, Joshua Rothkopf, Anna Smith e Matthew Singer Recomendados:🤓 Clássicos de cinema para totós❤️ As melhores comédias românticas de sempre⭕️ Dez filmes eróticos e de SM a sério📺 Todos os filmes com nomeações aos Óscares que pode ver em cas

Dez curiosidades históricas sobre o Carnaval

Dez curiosidades históricas sobre o Carnaval

Calha sempre a uma terça-feira, é um feriado (facultativo) móvel e é também a desculpa perfeita para usar aquela roupa há muito escondida no armário ou aquele fetiche estranho guardado no fundo da gaveta. Há muitas teorias sobre as origens do Entrudo, das linhas pagãs às religiosas. Certo é que o Carnaval continua a celebrar-se um pouco por toda a parte e a combinar as mais variadas expressões culturais, exibindo-se através de rituais pagãos que celebram o novo ciclo agrícola ou de biquínis reduzidos em pleno Inverno. É também verdade que a festa foi mudando ao longo dos tempos, mas que nunca perdeu a vontade que dela faz parte: quebrar totalmente a rotina. Fique a saber mais um pouco desta festa onde, de católicos a ateus, supostamente ninguém leva a mal. Recomendado: Já sabe o que vai fazer aos miúdos no Carnaval?

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Casa Fernando Pessoa

Casa Fernando Pessoa

Não foi a primeira, nem a segunda casa do poeta. Mas foi a última. A morada de Fernando Pessoa, para onde se mudou em 1920, fica num prédio adquirido na década de 80 pela Câmara Municipal de Lisboa que na sua posse tinha parte relevante do espólio pessoano. Como a cómoda que fazia parte do quarto de Pessoa ou a estante onde guardarva os seus livros. Depois de ter estado fechada durante um ano para obras no edifício, a casa reabriu no Verão de 2020 com uma área expositiva maior, dividida pelos três pisos. A exposição começa com um núcleo dedicado aos heterónimos de Pessoa, o segundo acolhe a biblioteca pessoal do poeta e uma zona de exposições temporárias, e, por último, o primeiro piso recria o apartamento de Fernando Pessoa exatamente naquele espaço. Este núcleo é mais biográfico e é onde estão expostos documentos como o bilhete de identidade, o contrato de arrendamento do apartamento, objectos pessoais e até a folha onde escreveu a célebre frase "I know not what tomorrow will bring". A Casa Fernando Pessoa renovou também a biblioteca do espaço dedicada ao poeta e à poesia, e deslocou o auditório para o piso térreo para poder funcionar independentemente da Casa. 

Quinta do Pisão

Quinta do Pisão

Na Grande Lisboa, o campo nunca anda muito longe da urbe e a Quinta do Pisão é um belo exemplar. Faz hoje parte do Parque Natural de Sintra-Cascais e está sempre aberta para visitas. Além do património ecológico, é possível visitar equipamentos recuperados pela Câmara Municipal de Cascais, como estábulos, eiras, poços ou mesmo os fornos que durante o século XIX ajudavam à produção de cal nesta zona. Os animais residentes vivem em modo livre, de cavalos e burros a ovelhas e cabras. Se estiver a pensar numa visita, explore a hipótese de se inscrever num passeio interpretativo.

Open Conventos

Open Conventos

Imagine um Open House, mas com conventos. De 24 a 27 de Maio está convidado a conhecer bem de perto os mais relevantes mosteiros e conventos da cidade. As visitas podem ser realizadas de forma livre – com a ajuda do site e aplicativo Quo Vadis, onde encontra o programa e toda a informação sobre os itinerários e espaços – ou em formato visita guiada, onde os visitantes são acompanhados por especialistas, num programa pontuado por algumas iniciativas complementares. Como a Conversa Aberta “Conventos e habitação”, que acontece no Museu da Marioneta a 25 de Maio com arquitectos Pedro Pinto, António Tudella e José Miguel Silva, que irá reflectir sobre que usos podemos dar aos conventos no domínio da habitação e de que forma os conventos podem ser parte da solução. No dia anterior, o de abertura, terá lugar uma sessão de cinema na Sala de Extrações da Lotaria Nacional, antiga Casa Professa de São Roque, com o filme A Missão (1986), de Roland Joffé, um drama histórico sobre a Companhia de Jesus, com Robert De Niro, Jeremy Irons e Liam Neeson. O encerramento do Open Conventos acontece a 27 de Maio no antigo Convento São Pedro de Alcântara, onde hoje funcionam serviços da SCML, com um concerto ao final da tarde do Coro Capela Nova. Todas as actividades são gratuitas, com excepção da entrada no Mosteiro de São Vicente de Fora, cujos bilhetes estarão a metade do preço, com um valor de 2,50€.

Centro Interpretativo da História do Bacalhau

Centro Interpretativo da História do Bacalhau

Pode ser da Noruega ou da Islândia, mas é património gastronómico português. E foram muitos os pescadores que sofreram nos mares do Norte, pescando bacalhau à linha em pequenos botes, conhecidos por dóri, muitas vezes no meio de um nevoeiro (e silêncio) cerrado. Prepare-se para recuar séculos na história que começou na Terra Nova (hoje no Canadá), uma faina que se iniciou no século XV. São muitas as salas para explorar ao longo de dois pisos, entre elas A Saga onde, com a ajuda de um livro gigante, pode conhecer a narrativa da lendária pesca dos portugueses no Atlântico Norte, num espaço partilhado com uma selecção de objectos históricos utilizados na pesca do bacalhau, cedidos pelo Museu Marítimo de Ílhavo, um dos parceiros do projecto, assim como o Newsmuseum. Existe ainda uma experiência imersiva onde pode sentir, por um minuto, a solidão dos pescadores a bordo de uma réplica de um pequeno bote, dóri. E sim, vai sentir muito frio.

Casa dos 24

Casa dos 24

As antecessoras das Assembleias Municipais reuniam importantes representantes dos ofícios das cidades. Segundo o Arquivo Municipal de Lisboa, foi uma ideia do Mestre de Avis (futuro D. João I) para permitir que os artífices da cidade participassem no seu governo. Eram compostas por dois representantes de cada um dos ofícios da cidade, os tais "Vinte e Quatro", mas foram extintas em 1834, após a implementação do regime liberal em Portugal. E é na Rua da Fé, num edifício anexo à Igreja de São José dos Carpinteiros, que ainda mora a antiga Casa dos 24 alfacinha, fundada em 1383 e a primeira em Portugal. Inicialmente, as reuniões aconteciam na Igreja de São Domingos, junto ao Rossio, mas após o terramoto de 1755 foram transferidas para esta que foi a última morada. Até há bem pouco tempo, a fachada degradada e a grande porta sempre fechada não despertavam grande curiosidade, mas agora pode visitar esta casa, graças a obras de reabilitação, no âmbito de um protocolo assinado em 2017 entre a Câmara Municipal de Lisboa (CML) e a Irmandade de Ofícios da Antiga da Casa dos 24. Pode admirar os azulejos azuis em fundo branco ou um tecto com pintura ornamental, ambos do século XVIII e também mobiliário histórico. Como mesa onde se reuniam os 24 ofícios da cidade de Lisboa desde a sua fundação, um objecto que marca o voto e a participação do povo nas tomadas de decisão da cidade, inicialmente através dos ofícios. 

Jardim das Marias

Jardim das Marias

Perto das Portas de Benfica encontra um jardim especial. Nasceu da iniciativa de um grupo de cinco moradoras que além da paixão por espaços verdes partilhavam o mesmo nome (Maria, lá está). Um exemplo de participação dos cidadãos na criação de uma Lisboa mais verde e que chegou a ser protagonista do programa Paraíso, exibido pela RTP2. O jardim comunitário está localizado numa zona residencial, num antigo espaço esquecido que agora está decorado a flores, bancos, sombras e peixinhos.

Ainda o Desconforto Moderno

Ainda o Desconforto Moderno

Miguel Palma é um artista com veia de engenheiro e volta ao Museu Berardo, desta vez com obras que se afirmam contra
a “progressiva alienação dos processos de produção”, uma tendência que marcou a arte na década de 90. O seu trabalho foca-se no campo da instalação, desde a criação de máquinas à transformação de objectos.

Subtitulizar

Subtitulizar

As marcas do colonialismo estão longe de sarar. Que o diga Ireneu Destourelles, artista nascido em Cabo Verde e criado em Lisboa. O seu trabalho tem uma relação forte com o tema das estruturas sociais pós-coloniais e nesta exposição explora a perpetuação de práticas coloniais e o seu impacto nas relações sociais, através de vídeo, pintura ou texto, tendo por base experiências sociais em cidades como Lisboa, Mindelo e Londres.

O "Império Invisível" e a fotografia no Sião

O "Império Invisível" e a fotografia no Sião

A história da fotografia passa pelo Sião (o nome da Tailândia até 1939), graças ao siamês Francis Chit e ao macaense Joaquim António. Durante os reinados de Rama IV (1851-1868) e Rama V (1868-1910) da dinastia Chakri, fotografaram a família real, a vida do palácio e a paisagem urbana do reino asiático durante os 60 anos em que foram os fotógrafos oficiais da corte. As peças desta exposição são um caso único da fotografia mundial.

Salvarte

Salvarte

Oficina de conservação e restauro, fundada em 2006 e especializada em papel. A equipa é constituída por quatro mulheres que se dedicam a fazer renascer livros, plantas, globos, leques de papel, caixas de jogos e serigrafias, entre outras obras.

Tardoz

Tardoz

Isabel Colher é uma das grandes especialistas portuguesas no restauro de azulejos tradicionais portugueses – e trata com a mesma dedicação um exemplar do século XVI e um do século XX. Na sua pequena oficina em Marvila, um espaço que partilha com o colega e amigo Loubet Simões, também técnico de restauro, não tem mãos a medir. É no seu blogue (tardoz.wordpress.com) que vai mostrando o desenrolar e os frutos do seu trabalho de restauro – e também de ceramista, uma espécie de passatempo que vai tendo cada vez mais saída. Tem pequenos contentores em terracota para regar as plantas, medidores da humidade da terra dos vasos, marcadores para ervas aromáticas ou relógios de sol em barro. Da Tardoz já sairam réplicas de azulejos do painel criado por Júlio Pomar e Alice Jorge em 1958 para a Avenida Infante Santo, da Porta do Alhandra no principal acesso ao Palácio da Pena ou das fachadas do hotel O Artista e da pastelaria Pão de Canela.

Museu da Filigrana

Museu da Filigrana

É o primeiro museu em Portugal totalmente dedicado à arte vianense que trabalha finíssimos fios de ouro ou de prata com toda a paciência do mundo. Sabia que o ouro de Viana é fabricado na Póvoa do Lanhoso? E o que é um martelo de mola ou um maçarico de sopro? Ah, pois é. Se afinal não sabe assim tanto sobre o fabrico artesanal de filigrana portuguesa ou nunca viu uma peça de verdade ao vivo, este museu/loja tem um total de 150 objectos de colecções privadas espalhadas por aqui e por ali, como ferramentas utilizadas entre o século XIX e XX e que acompanham todo o processo de criação de uma peça de filigrana, dos corações às contas. Ao fundo, uma recriação de uma oficina tradicional, num espaço que inclui ainda uma cronologia que remonta ao terceiro milénio a.C. e à existência de jazidas de ouro em Portugal. Um projecto promovido pela joalharia Anselmo 1910.

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Ainda não vimos tudo de António-Pedro Vasconcelos: vem aí uma série póstuma

Ainda não vimos tudo de António-Pedro Vasconcelos: vem aí uma série póstuma

A 5 de Março, morreu António-Pedro Vasconcelos, mas a sua obra vive. Não apenas a que ficou para trás, mas a que ainda está por vir. É o caso da série documental A Conspiração, uma produção que acompanha todo o percurso conspirativo dos militares que ficaram para a história como os Capitães de Abril. Uma rebelião que teve como gatilho a publicação de um decreto-lei, em Junho de 1973, que alterava as regras de acesso ao quadro permanente de oficiais. A Conspiração acompanha um ano de reuniões clandestinas e todos os meandros de uma organização militar que culminou na Revolução do 25 de Abril de 1974, numa série documental composta por nove episódios. O primeiro estreia a 24 de Abril, às 21.30, na RTP1. A antestreia de A Conspiração aconteceu sexta-feira passada no CCB, marcada pela presença de antigos capitães e também do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, que integra a estrutura da Comissão Comemorativa 50 anos do 25 de Abril, tutelada pelo Ministério da Cultura, uma das entidades que apoiou esta produção. E que, por isso, acompanhou o desenrolar deste processo iniciado em 2019. Uma “aventura” que se transformou numa “peça única”, segundo o Presidente da República, pelo “rigor, capacidade narrativa, na observação da realidade, na conjugação dos dados” e, “ao mesmo tempo, no distanciamento e no envolvimento”. “Esta obra, para ele, era, à sua maneira, uma obra de vida como cidadão. Era um contributo que dava para a celebração dos 50 anos do 25 de Abril e por isso

Lucas Dutra: “Sinto falta do apoio português às coisas que são nossas”

Lucas Dutra: “Sinto falta do apoio português às coisas que são nossas”

Presença assídua nas telenovelas nacionais desde os 13 anos, Lucas Dutra integra actualmente o elenco de Cacau (TVI) e este ano chega à Netflix como membro do elenco da terceira temporada da série norte-americana Vikings: Valhalla. Este mês, estreou no cinema o filme Revolução (Sem) Sangue, no qual interpreta Fernando Giesteira, um dos jovens assassinados pela PIDE no 25 de Abril de 1974. É a sua estreia numa longa-metragem. Lucas Dutra está a viver um bom momento na sua carreira como actor, mas o motivo desta conversa foi a sua recente passagem para o outro lado da câmara, como realizador e argumentista, uma aventura que já lhe valeu alguns prémios. Como pela curta-metragem (Nós) Na Cabeça (2023), sobre uma jovem que sofre de esquizofrenia, que lhe valeu o prémio para Melhor Argumento (em conjunto com Madalena Aragão) no âmbito do #TikTokShortFilm, lançado em parceria com o Festival de Cannes. Em Março, a curta-metragem Do Outro Lado (2023), venceu o prémio para Melhor Filme, no Filmapalooza, festival organizado pelo 48 Hour Film Project, que incluiu mais de 500 participantes. Uma distinção que qualifica este último trabalho de Dutra a ser exibido no Short Film Market, do próximo Festival de Cannes. Pelo meio, foi convidado a realizar a série #NaWeb, um conjunto de 12 curtas-metragens com os novos personagens de Morangos com Açúcar, disponíveis na plataforma do clube da série, apenas acessível a assinantes. Aos 24 anos, Lucas Dutra promete que vai continuar a trabalhar nas v

“Grândola, Vila Morena”: canção dá origem a museu interactivo

“Grândola, Vila Morena”: canção dá origem a museu interactivo

A Câmara Municipal de Grândola inaugura este sábado, 20 de Abril, o Museu Grândola, Vila Morena, um novo núcleo museológico do museu municipal, que contará a história do poema e depois canção de José Afonso, que se tornou uma das senhas do 25 de Abril de 1974. Um espaço interactivo e imersivo que assinala as comemorações dos 50 anos da Revolução dos Cravos. As operações dos capitães de Abril que desencadearam a revolução contaram com duas senhas fundamentais, emitidas pelas rádios ocupadas pelo Movimento das Forças Armadas (MFA) e que davam o mote para fazer avançar o plano militar que derrubaria o regime. A primeira senha escolhida foi o tema “E depois do adeus”, de Paulo de Carvalho, transmitida pelos Emissores Associados de Lisboa, que pedia às tropas para estarem a postos. A segunda, transmitida pela Rádio Renascença, foi “Grândola, Vila Morena”, de José Afonso, que dava o mote para o arranque das operações. 50 anos depois, é ainda este o tema principal da banda sonora da revolução. “Grândola, Vila Morena” integrou o álbum Cantigas de Maio, de 1971, e foi gravado no Strawberry Studio, em Hérouville, França, com arranjos e direcção musical de José Mário Branco, então exilado em França, assim como Francisco Fanhais, um dos músicos que acompanham os temas deste registo. Ao contrário de outras composições de José Afonso, “Grândola, Vila Morena” – tema dedicado à Sociedade Musical Fraternidade Operária Grandolense – escapou ao lápis azul da censura. No novo museu, os visitante

Netflix está de volta aos Açores: segunda temporada de ‘Rabo de Peixe’ está em rodagem

Netflix está de volta aos Açores: segunda temporada de ‘Rabo de Peixe’ está em rodagem

A série Rabo de Peixe é um caso de sucesso único na produção audiovisual portuguesa. Estreada em Maio do ano passado na Netflix, tornando-se a segunda série nacional com o selo “original Netflix, depois de Glória, alcançou na altura o top 10 global dos conteúdos da Netflix não falados em inglês – e o primeiro lugar nas visualizações em Portugal. A segunda temporada foi confirmada poucas semanas após a estreia, mas agora a rodagem desta segunda maré de episódios já está no terreno. Augusto Fraga, o criador de Rabo de Peixe, volta realizar alguns episódios, mas desta vez não terá a seu lado a realizadora Patrícia Sequeira. Será João Maia (Variações, Matilha) a assumir essa posição. Em frente das câmaras, estão confirmados os regressos dos actores José Condessa, Helena Caldeira, Kelly Bailey e André Leitão – nos papéis principais – e também de Maria João Bastos, Afonso Pimentel e Pepê Rapazote. Além da fotografia tirada durante a rodagem, com Condessa, Leitão e Caldeira sentados num veículo de apoio à produção, a Netflix divulgou ainda o ponto de partida para a nova temporada, que volta a ser desenvolvida pela produtora portuguesa Ukbar: “Três meses após a sua partida, Eduardo regressa para encontrar uma realidade completamente diferente em Rabo de Peixe. A droga que escondeu já não está nas mãos de Uncle Joe, mas é agora controlada por um inimigo inesperado, desencadeando uma série de eventos que irão testar os laços de amizade e lealdade do grupo”. A data de estreia não foi di

Lisboa vai receber festival de cinema fundado por Robert de Niro

Lisboa vai receber festival de cinema fundado por Robert de Niro

O Festival de Cinema de Tribeca, que acontece anualmente em Nova Iorque, vai atravessar o Atlântico e estrear-se na Europa. Onde? Em Lisboa. O anúncio foi feito esta quinta-feira, no Beato, onde o Tribeca Festival Lisboa terá lugar a 18 e 19 de Outubro. Robert de Niro, um dos fundadores do festival, em 2002, e Whoopi Goldberg têm presença confirmada. Mas não devem ser as únicas caras de Hollywood a viajar para Portugal. Esta extensão do festival é promovida pela SIC e pela Câmara Municipal de Lisboa, que se realiza pela primeira vez neste formato. Um formato síntese, se tivermos em conta que o festival em Nova Iorque se prolonga por duas semanas. Em 2006, o Tribeca viajou até Roma, mas em parceria com o RomeFilmFest, tornando inédita esta programação que chega a Lisboa no próximo mês de Outubro. O Tribeca foi fundado por Robert de Niro e pela produtora Jane Rosenthal, que estarão nesta extensão do festival em Lisboa. O evento nasceu em 2002, como uma homenagem às vítimas dos ataques às Torres Gémeas a 11 de Setembro do ano anterior. Um festival que também foi crescendo ao longo dos anos e que se expandiu além-cinema, com uma programação hoje também dedicada à televisão, música, gaming e podcasts. A programação ainda não foi divulgada, mas na manhã desta quinta-feira foram revelados mais alguns dos nomes para o festival, adiantou Francisco Pedro Balsemão, CEO do grupo Impresa, no espaço de restauração Praça, no Hub Criativo do Beato, onde decorreu a apresentação. É o caso de P

Ewan McGregor tenta sobreviver ao confinamento na Rússia comunista

Ewan McGregor tenta sobreviver ao confinamento na Rússia comunista

Ewan McGregor corre sérios riscos. Mas, ao contrário da sua personagem, um aristocrata que tenta sobreviver a um confinamento durante a Rússia comunista, arrisca-se a estar em destaque na próxima temporada de prémios da televisão. O actor britânico é o protagonista da minissérie Um Gentleman em Moscovo, adaptação do romance do escritor norte-americano Amor Towles que chega ao catálogo da SkyShowtime a 18 de Abril. Em 1917, ainda se avistava o fumo da I Guerra Mundial, a Rússia dos czares chegou ao fim. Em Outubro desse ano, o regime russo passou para as mãos dos bolcheviques, numa revolução onde as forças populares lideradas por Lenine forçaram a abdicação do czar Nicolau II, tomando o poder. É neste contexto que arranca a acção de Um Gentleman em Moscovo, uma ficção histórica centrada no conde Alexander Rostov (também fictício) que, por motivos familiares, arrisca voltar à capital russa neste pós-revolução, depois de um ano de refúgio em Paris. Mas por esta altura já não havia espaço para o privilégio hereditário e a aristocracia czarista tinha sido erradicada: os que resistiram foram mortos e outros tiveram de se adaptar a uma vida mais humilde. ©Ben Blackall/Paramount+ with SHOWTIMEEwan McGregor, em Um Gentleman em Moscovo No caso de Rostov, o conde foi levado a tribunal, arriscando a própria morte, mas um poema que teria escrito uns anos antes, chamado “Onde está o nosso propósito agora?”, foi considerado uma chamada à revolução pelo regime, que resolveu poupá-lo ao des

Depois do documentário, o mítico Rock Rendez Vous renasce em livro

Depois do documentário, o mítico Rock Rendez Vous renasce em livro

A 18 de Abril, chega às prateleiras o livro Rock Rendez Vous – Uma História em Imagens (Tinta da China), composto por um conjunto de imagens a preto e branco de vários fotógrafos profissionais ou melómanos, autores de registos fotográficos da antiga catedral do rock em Lisboa, que funcionou entre 1980 e 1990. A coordenação é do designer Luís Carlos Amaro, que regressa ao baú das memórias do rock alfacinha para coordenar esta edição, oito anos após o lançamento do documentário Rock Rendez Vous – A Revolução do Rock. Durante uma década, a sala de espectáculos Rock Rendez Vous foi um porto seguro para a comunidade roqueira portuguesa e também internacional, num pós-25 de Abril marcado pela irreverência, pela experimentação e pelo talento. Mas hoje só restam as memórias deste espaço localizado no antigo Cinema Universal, um edifício entretanto demolido. Luís Carlos Amaro é designer, mas nos anos 80 fazia parte da comunidade roqueira portuguesa, altura em que integrou o grupo rock A Jovem Guarda, a sua porta de entrada para este movimento musical que tomou de assalto a cultura portuguesa e que teve particular expressão no Rock Rendez Vous. “A par do Marquee Club em Londres, do CBGB em Nova Iorque ou do Hacienda em Manchester, o nosso, que ficava na Rua da Beneficência 175 em Lisboa, foi dos poucos a atingir o estatuto de elemento central na identidade e na memória do meio musical.  ©DRRock Rendez Vous- Uma História em Imagens (Tinta da China) O livro é composto por fotografias d

HBO divulga protagonistas de spin-off de ‘A Guerra dos Tronos’

HBO divulga protagonistas de spin-off de ‘A Guerra dos Tronos’

Após A Guerra dos Tronos e House of The Dragon, está confirmada mais uma adaptação dos livros de George R. R. Martin, assim como os actores que irão protagonizar mais uma aventura em Westeros, um dos continentes deste mundo fantástico. A série A Knight of the Seven Kingdoms: The Hedge Knight parte do primeiro livro da trilogia Contos de Dunk e Egg e terá como cabeças de cartaz os actores Peter Claffey e Dexter Sol Ansell. A data de estreia ainda não está confirmada, mas deverá acontecer mais para o final do próximo ano. Entre 1998 e 2010, foram publicados três livros de George R. R. Martin que acompanham dois heróis, personagens que os leitores e espectadores mais atentos da saga já ouviram falar: Sor Duncan e o seu pequeno escudeiro Egg. A nova série toma o nome do primeiro livro e terá como protagonistas os actores Peter Claffey (Dunk), ex-jogador de rugby com créditos nas séries Bad Sisters (AppleTV+) e Wreck; e Dexter Sol Ansell (Egg), que recentemente interpretou o jovem Coriolanus Snow no filme Os Jogos da Fome: A Balada dos Pássaros e das Serpentes (2023). Quem são Duncan e Egg? Se o leitor é uma das três pessoas que não acompanhou esta história, pode interromper a leitura. Mas esta informação está longe de ser um spoiler, uma vez que a história de Duncan e Egg foi mencionada em alguns episódios de A Guerra dos Tronos (e nos livros, claro está). Ora, o mais importante aqui é que Egg é a alcunha de um Targaryen, o futuro rei Aegon V, avô de Aerys II, mais conhecido como

Filme com Lily Gladstone inaugura ciclo de cinema Outsiders

Filme com Lily Gladstone inaugura ciclo de cinema Outsiders

A indústria de cinema norte-americana é a mais lucrativa em todo o mundo, muito graças aos blockbusters e à inovação tecnológica com a qual nos vai brindando. Mas nem só de grandes produções se faz o cinema em terras do Tio Sam, onde o cinema independente também faz escola. É às produções criadas longe dos grandes estúdios que se foca o Outsiders – Ciclo de Cinema Independente Americano que está de regresso ao Cinema São Jorge para a 3.ª edição, para ver entre 30 de Abril e 5 de Maio. Como é tradição do Outsiders, os 12 filmes que integram a programação, desenhada pela FLAD – Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento, nunca antes foram apresentados em Portugal e todos trazem consigo um percurso por festivais de cinema de todo o mundo. E nesta terceira edição, explica a organização em comunicado, procuram responder a esta pergunta: "O que é, hoje, a família americana?". Um retrato da América contemporânea repartido por 12, “do seu fascínio e das suas contradições, através de um olhar sobre a família nas suas múltiplas declinações”. A sessão de abertura conta com o filme The Unknown Country (2022), da realizadora Morrisa Maltz, protagonizado por Lily Gladstone, um nome mais familiar por ter sido nomeada ao Óscar de Melhor Actriz pelo seu papel em Assassinos da Lua das Flores (2023), de Martin Scorsese, destacando-se por ter sido a primeira actriz nativa norte-americana nomeada nesta categoria. The Unknown Country é uma história sobre uma mulher de luto que recebe um inespe

‘Fallout’ encontra refúgio do streaming (pela mão do outro Nolan, o irmão)

‘Fallout’ encontra refúgio do streaming (pela mão do outro Nolan, o irmão)

O género pós-apocalíptico parece ainda não ter gastado os cartuchos todos. Nem as adaptações de videojogos, que parecem ser uma das actuais fórmulas para o sucesso de uma produção em episódios. O próximo título que junta estas duas premissas é Fallout, série que adapta o popular jogo criado em 1997, por um tal de Tim Cain. Estreia a 11 de Abril, na Prime Video. Depois de The Last of Us (HBO Max) ou Twisted Metal (Prime Video), ambos com origem na Playstation, chegarem aos catálogos do streaming, é a vez de outra não menos popular saga de videojogos merecer uma adaptação para o pequeno ecrã – igualmente ambientada num cenário pós-apocalíptico. É a era dos jogos que se tornam séries, ou das séries que tentam captar audiências já educadas para certos e determinados cenários, neste caso com uma estética retro-futurista dos anos 40 do século passado (com banda-sonora a combinar), que nos transporta para um futuro pós-nuclear. E com muito humor à mistura, para não destoar dos videojogos. No universo Fallout, um conflito termonuclear entre os Estados Unidos da América e a China deu cabo de tudo. A única esperança de sobrevivência reside numa série de caixas-fortes construídas no subsolo pelo governo norte-americano, onde algumas franjas da população conseguiram encontrar um espaço seguro, sem radiação. Mas nem todos tiveram a mesma sorte. Ora, a acção da série Fallout arranca cerca de 200 anos depois do apocalipse, altura em que os dois mundos – o subterrâneo e o que ainda vive à su

Ripley continua a levar-nos ao engano, agora a preto e branco e longe dos cinemas

Ripley continua a levar-nos ao engano, agora a preto e branco e longe dos cinemas

Um misterioso, talentoso e, principalmente, mentiroso rapaz é encarregue de ir buscar a Itália um rico filho de um poderoso homem de negócios. Tom Ripley faz-se passar por amigo de toda a gente, mas ninguém sabe bem quem ele é. A partir de uma Nova Iorque dos anos 1960, Ripley embarca rumo à Europa, mas do outro lado acaba por desencadear uma sequência de eventos na qual reina a fraude, o engano e também o homicídio. Ripley é mais uma adaptação dos romances de Patricia Highsmith ao audiovisual, pela primeira vez em formato série. Estreia a 4 de Abril, na Netflix. Tom Ripley é um nome familiar. Não só por ser o personagem central dos cinco livros que a escritora norte-americana Patricia Highsmith publicou entre 1955 e 1991, mas também muito por culpa da longa-metragem que adoptou o nome do primeiro livro e acabou nomeada a cinco Óscares. Falamos de O Talentoso Mr. Ripley (1999), filme escrito e realizado por Anthony Minghella (O Paciente Inglês), com Matt Damon no papel principal e com um elenco de peso composto por Jude Law, Gwyneth Paltrow, Philip Seymour Hoffman ou Cate Blanchett. Foi a segunda adaptação do primeiro livro, precedida por À Luz do Sol (1960), com Alain Delon. O segundo livro, Ripley Under Ground (1970), foi adaptado apenas uma vez, no filme de 2005 com o mesmo nome (e Barry Pepper como Ripley), enquanto que o terceiro volume da saga mereceu duas adaptações: O Amigo Americano (1977), com Dennis Hopper, e O Jogo de Mr. Ripley (2002), com John Malkovich. Os livr

Em Portugal, o Arkadiko Film Fest passa na Filmin

Em Portugal, o Arkadiko Film Fest passa na Filmin

Nem todos os festivais que celebram a sétima arte acontecem nas salas de cinema. Após ter sido a casa do Atlântida Film Fest, a Filmin (Espanha e Portugal) juntou-se à MYMovies (Itália) e à Cinobo (Grécia e Chipre), outras duas plataformas de streaming europeias, para lançar o Arkadiko Film Fest. Promover o cinema europeu com uma selecção cuidada de filmes é o grande objectivo desta iniciativa, que estará em catálogo durante todo o mês de Abril. O programa combina um conjunto de clássicos do cinema europeu com obras contemporâneas, sublinhando a diversidade do património cinematográfico do Velho Continente. Adopta o nome da ponte Arkadiko, localizada na Grécia desde a Idade do Bronze, para simbolizar esta ligação entre o passado e o presente. São cinco as sessões duplas que propõem a visualização de um filme clássico lado a lado com um filme mais contemporâneo. A proposta, diz a Filmin em comunicado, é que ajudem a explorar “temas relevantes para a Europa de hoje, gerando debates sobre questões sociais e culturais, ao mesmo tempo que une diferentes gerações e celebra a riqueza do cinema europeu”. Cada dupla de filmes tem um tema. Como o “Wisdom’s Journey”, que junta Daisies (1966), de Věra Chytilová, e The Staff Room (2021), de Sonja Tarokić, sob o tema da educação. Seguem-se "Euro Echoes", sobre a evolução do cinema europeu, com os filmes Twilight (1990), de György Feher, e Any Day Now (2020), de Hami Ramezan; "Into the Abyss", uma incursão pela toxicodependência com Christi